Partilhar faz bem ao Planeta
Algumas pessoas têm como missão de vida fazer com que a vida dos outros seja mais fácil. Seja através da ajuda directa em determinada tarefa ou situação, seja com a partilha daquilo que sabem e em que têm experiência.
Ainda não posso falar com determinação sobre qual a minha missão, mas posso com certeza admitir que passa por mostrar aos outros caminhos mais sustentáveis para se viver (assim como muitos outros o têm feito para mim).
A jornada para uma vida mais sustentável passa também ela por mostrar a quem nos é mais próximo, ou não, formas de se ser mais ecológico. É por isso, que aceitei, com muito gosto, em participar no Fórum para a Cidadania Global, dinamizado pelo Teatro Metaphora.
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Tanto por aprender, José António Barros, Novembro 2018 |
Foi um sábado muito interessante, em que tive a oportunidade para mostrar aos participantes as mudanças que tenho feito para produzir menos desperdício na minha vida.
Primeiramente, abordei o porquê de mudarmos os nossos hábitos de consumo, e falei brevemente sobre uma das percursoras do movimento Zero Waste, Bea Johnson (ver o post neste blog aqui).
Mostrei o que tem mudado na minha cozinha (aqui e aqui), na minha casa de banho, na lavandaria e nos pequenos hábitos que adotei, como as compras a granel, a recusa de certos objectos e utensílios que dantes pareciam ser tão imprescindíveis.
Conversa puxa conversa e os meus alunos precisavam de uma pausa. Passámos para o momento prático do workshop, com a preparação de uma bebida vegetal de amêndoa. Alguns alunos adoraram, outros acharam estranho, mas como diz o velho ditado: primeiro estranha-se, depois entranha-se. O mais importante desta actividade para mim é o seguinte: é possível abandonarmos certos hábitos e dedicarmos tempo a preparar os nossos alimentos, sem desperdício, nem lixo.
Mas o momento alto do dia ainda estava por chegar: algumas pessoas inscreveram-se no workshop só por isto (estou a exagerar), e eu passei a manhã a falar, por isso imagino que já estivessem cansados de me ouvir, os meus alunos. Passámos então para a preparação de um desodorizante sustentável, com ingredientes sem químicos e sem complicações. A sala cheirava a eucalipto, algumas pessoas mostravam-se cépticas se aquela mistela daria resultado, mas todos se colocaram na fila e de frasco em riste, para virem receber um pouco da mistura cheirosa e a experimentarem no dia seguinte, nas suas axilas peludas, ou não... ;)
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Cheira a Eucalipto, José António Barros, Novembro 2018 |
Brincadeiras à parte: sinto uma grande gratidão por ter tido oportunidade de mostrar aos outros maneiras de respeitarmos a nossa Casa. A veia de professora ainda não desapareceu completamente.
Agradeço o convite e espero agora que estes meus alunos se transformem em professores.
A nossa Casa precisa de mais pessoas preocupadas com ela, e se cada um de nós mudar um comportamento por dia, seja ele recusar uma palhinha, seja ele, abandonar o hábito de comprar garrafas de água descartáveis, certamente deixaremos o lugar um pouco melhor do que o encontrámos.
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