A Mulher que está a mudar o Mundo
O título deste post deveria ser efectivamente: A Mulher que está a mudar o Mundo, e o que estás à espera para fazeres o mesmo?
Janeiro de 2017. Há precisamente um ano, deambulava pela internet com o intuito de saber notícias do meu país. Deparei-me com um artigo no Jornal Público sobre uma mulher chamada Bea Johnson.
Americana, nascida em França, sempre viveu rodeada de imensos bens, que porventura lhe retiravam imenso tempo e energia. A sua consciência ambiental era quase nula, limitando-se a reciclar algumas embalagens lá por casa. Bea Johnson eventualmente mudou de casa e apercebeu-se que conseguia viver sem muitos dos bens que possuía. Para além disso, começou a reparar na enorme quantidade de lixo que a sua família de quatro elementos produzia diariamente.
Depois de muitas pesquisas, e preocupada com o futuro da Terra que iria deixar para os seus filhos, Bea inicia uma cruzada na luta contra o lixo e o desperdício, dando significado, quase extremo à expressão Zero Waste, ou desperdício zero em português.
No seu blog, Zero Waste Home, https://zerowastehome.com, e no livro com o mesmo título, Bea ensina-nos imensos truques e tácticas para produzirmos menos lixo. O seu livro aborda temas como o desperdício alimentar, as compras a granel, a economia circular, as compras em lojas em segunda mão, etc.
O lema de Bea Johnson é simples: "Refuse, Reduce, Reuse, Recycle, Rot". Os cinco "R's" de Bea em português basicamente significam o seguinte: Recusar aquilo que não precisamos; Reduzir o nosso consumo; Reusar aquilo que já temos; Reciclar aquilo que não podemos recusar, reduzir ou reusar e por fim fazer a compostagem (Rot) do desperdício alimentar. É importante referir que esta ordem deve ser seguida.
Bea tornou-se uma das mulheres mais inspiradoras para as pessoas que se preocupam com o estado em que o nosso planeta se encontra a nível ecológico e ambiental.
Tive o prazer de poder assistir a uma das suas palestras em Londres (Bea Johnson já o fez em Portugal também) onde nos contou os seus hábitos para produzir o menos lixo possível. De facto, o seu lixo anual (e o da sua família) cabe num frasco bem pequeno.
Fui escuteira durante quase dez anos. O cuidado com o ambiente sempre esteve presente. Desde que apareceram os primeiros contentores de reciclagem aqui perto de casa, sempre reciclei o meu lixo. Nas casas onde vivi, fui sempre a primeira a instaurar essa prática. Também fazia compostagem dos resíduos orgânicos, tinha cuidado onde depositava o meu lixo e andava quase sempre com uma garrafa de água reutilizável.
Depois de ler a maioria dos posts de Bea Johnson, de ler o seu livro e de assistir à sua conferência, tudo se alterou. Comecei a olhar para o meu caixote do lixo de outra maneira, comecei a ter cuidado com os meus hábitos e com aquilo que compro. De facto, posso fazer mais. Muito mais!
As questões básicas seguiram-se: por onde devo começar? Como posso reduzir o lixo na minha cozinha? E na casa de banho? Etc., etc.
Encontrei muitas soluções. Continuo à procura de muitas também, porque as dificuldades surgem frequentemente.
Mais uma vez, e sem me querer tornar repetitiva, este blog serve para contar a minha experiência no caminho do minimalismo e do zero waste.
Espero poder contar convosco para me acompanharem nos próximos posts, em que pretendo contar o que estou a fazer para reduzir a minha pegada ecológica.
E se esta mulher está a mudar o Mundo, porque não te juntas a ela, a mim, e a tantos outros neste empreendimento? Se cuidarmos da nossa Casa, ela cuidará de nós!
O que podes fazer já:
- Pede para não te trazerem palhinhas assassinas*, com a tua bebida;
- Leva sempre um saco reutilizável contigo. Podes precisar de comprar algo, e assim evitas trazer um descartável para casa;
- Leva sacos que já tenhas em casa para comprar as frutas e legumes que encontras a granel no mercado e supermercado;
- Dá preferência às embalagens de vidro e metal, em detrimento às embalagens feitas de plástico - existem, neste momento, nos mares 3 "objectos" de plástico para 5 peixes! Em poucos anos, prevê-se, que se não se fizerem alterações drásticas, essa proporção seja de 1 para 1!
- Evita comprar legumes e frutas já embalados;
- Usa sempre uma garrafa de água reutilizável;
- Pede para não colocarem guardanapo por baixo do pão ou bolinho que vais comer à pastelaria - se o prato está limpo, para quê um guardanapo entre o prato e a comida?
- Tenta comprar o máximo dos teus alimentos a granel - no próximo post enuncio alguns lugares onde o podes fazer na Ilha da Madeira;
- Se tens o hábito de pedir comida e bebida para take-away, leva os teus recipientes reutilizáveis;
- Evita comprar demasiada comida ao mesmo tempo. Compra conforme as tuas necessidades e assim evitas o desperdício alimentar;
- Quando fores ao supermercado, ou a alguma superfície comercial, e estiverem a dar aqueles brindes que não servem para nada, a não ser tornarem-se em mais lixo, recusa-os!
*As palhinhas são a causa de morte de muitos animais marinhos. Como são impossíveis de reciclar, acabam na maioria das vezes nos aterros. Com as chuvas e o vento, são levadas para o mar. Os animais marinhos confundem muitas vezes estes "utensílios" com alimento e acabam por morrer asfixiados ou de outra maneira.
Janeiro de 2017. Há precisamente um ano, deambulava pela internet com o intuito de saber notícias do meu país. Deparei-me com um artigo no Jornal Público sobre uma mulher chamada Bea Johnson.
Americana, nascida em França, sempre viveu rodeada de imensos bens, que porventura lhe retiravam imenso tempo e energia. A sua consciência ambiental era quase nula, limitando-se a reciclar algumas embalagens lá por casa. Bea Johnson eventualmente mudou de casa e apercebeu-se que conseguia viver sem muitos dos bens que possuía. Para além disso, começou a reparar na enorme quantidade de lixo que a sua família de quatro elementos produzia diariamente.
Depois de muitas pesquisas, e preocupada com o futuro da Terra que iria deixar para os seus filhos, Bea inicia uma cruzada na luta contra o lixo e o desperdício, dando significado, quase extremo à expressão Zero Waste, ou desperdício zero em português.
No seu blog, Zero Waste Home, https://zerowastehome.com, e no livro com o mesmo título, Bea ensina-nos imensos truques e tácticas para produzirmos menos lixo. O seu livro aborda temas como o desperdício alimentar, as compras a granel, a economia circular, as compras em lojas em segunda mão, etc.
O lema de Bea Johnson é simples: "Refuse, Reduce, Reuse, Recycle, Rot". Os cinco "R's" de Bea em português basicamente significam o seguinte: Recusar aquilo que não precisamos; Reduzir o nosso consumo; Reusar aquilo que já temos; Reciclar aquilo que não podemos recusar, reduzir ou reusar e por fim fazer a compostagem (Rot) do desperdício alimentar. É importante referir que esta ordem deve ser seguida.
Bea tornou-se uma das mulheres mais inspiradoras para as pessoas que se preocupam com o estado em que o nosso planeta se encontra a nível ecológico e ambiental.
Tive o prazer de poder assistir a uma das suas palestras em Londres (Bea Johnson já o fez em Portugal também) onde nos contou os seus hábitos para produzir o menos lixo possível. De facto, o seu lixo anual (e o da sua família) cabe num frasco bem pequeno.
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Selfie Time, Londres 2017, Liliana Sousa Bea Johnson in London, Londres 2017, Foto da organização do evento Edição inglesa do livro de Bea Johnson, Liliana Sousa, 2018 |
Fui escuteira durante quase dez anos. O cuidado com o ambiente sempre esteve presente. Desde que apareceram os primeiros contentores de reciclagem aqui perto de casa, sempre reciclei o meu lixo. Nas casas onde vivi, fui sempre a primeira a instaurar essa prática. Também fazia compostagem dos resíduos orgânicos, tinha cuidado onde depositava o meu lixo e andava quase sempre com uma garrafa de água reutilizável.
Depois de ler a maioria dos posts de Bea Johnson, de ler o seu livro e de assistir à sua conferência, tudo se alterou. Comecei a olhar para o meu caixote do lixo de outra maneira, comecei a ter cuidado com os meus hábitos e com aquilo que compro. De facto, posso fazer mais. Muito mais!
As questões básicas seguiram-se: por onde devo começar? Como posso reduzir o lixo na minha cozinha? E na casa de banho? Etc., etc.
Encontrei muitas soluções. Continuo à procura de muitas também, porque as dificuldades surgem frequentemente.
Mais uma vez, e sem me querer tornar repetitiva, este blog serve para contar a minha experiência no caminho do minimalismo e do zero waste.
Espero poder contar convosco para me acompanharem nos próximos posts, em que pretendo contar o que estou a fazer para reduzir a minha pegada ecológica.
E se esta mulher está a mudar o Mundo, porque não te juntas a ela, a mim, e a tantos outros neste empreendimento? Se cuidarmos da nossa Casa, ela cuidará de nós!
O que podes fazer já:
- Pede para não te trazerem palhinhas assassinas*, com a tua bebida;
- Leva sempre um saco reutilizável contigo. Podes precisar de comprar algo, e assim evitas trazer um descartável para casa;
- Leva sacos que já tenhas em casa para comprar as frutas e legumes que encontras a granel no mercado e supermercado;
- Dá preferência às embalagens de vidro e metal, em detrimento às embalagens feitas de plástico - existem, neste momento, nos mares 3 "objectos" de plástico para 5 peixes! Em poucos anos, prevê-se, que se não se fizerem alterações drásticas, essa proporção seja de 1 para 1!
- Evita comprar legumes e frutas já embalados;
- Usa sempre uma garrafa de água reutilizável;
- Pede para não colocarem guardanapo por baixo do pão ou bolinho que vais comer à pastelaria - se o prato está limpo, para quê um guardanapo entre o prato e a comida?
- Tenta comprar o máximo dos teus alimentos a granel - no próximo post enuncio alguns lugares onde o podes fazer na Ilha da Madeira;
- Se tens o hábito de pedir comida e bebida para take-away, leva os teus recipientes reutilizáveis;
- Evita comprar demasiada comida ao mesmo tempo. Compra conforme as tuas necessidades e assim evitas o desperdício alimentar;
- Quando fores ao supermercado, ou a alguma superfície comercial, e estiverem a dar aqueles brindes que não servem para nada, a não ser tornarem-se em mais lixo, recusa-os!
*As palhinhas são a causa de morte de muitos animais marinhos. Como são impossíveis de reciclar, acabam na maioria das vezes nos aterros. Com as chuvas e o vento, são levadas para o mar. Os animais marinhos confundem muitas vezes estes "utensílios" com alimento e acabam por morrer asfixiados ou de outra maneira.
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