Minimalismo - o início de uma jornada

Liliana Sousa, Lisboa, 2013 


Mencionei no primeiro post deste blog que vivi num espaço muito pequeno durante algum tempo. Esta experiência fez com que percebesse que não precisava de tanta coisa para poder viver o meu quotidiano de uma forma confortável. Um par de botas e dois casacos impermeáveis (porque em Londres chove muito e andar sempre de guarda-chuva é uma chatice) eram indispensáveis. Mais alguns artigos de vestuário, e não precisava de possuir as últimas tendências da moda para fazer o que habitualmente fazia. 

No dicionário, a definição de minimalismo é esta: "estilo ou atitude, que defende a maior simplicidade possível". Para mim este significado é muito completo e ao mesmo tempo, tão simplista. Digo ser simplista porque o minimalismo não engloba apenas a simplicidade. Considero completo, porque o minimalismo prevê eliminar tudo o que está a mais, para se ter uma vida mais simples! Complicado, não? 

Não me lembro como o minimalismo (e tudo o que isso engloba) entrou na minha vida. Lembro-me de que, de um momento para o outro, lia tudo o que ia surgindo sobre o tema, ia abrindo links e mais links de vários sites e por aí adiante. 

Quando dei por mim, tinha lido uma grande parte dos posts publicados em blogs sobre minimalismo. Aconselho a leitura destes, porque são extremamente claros e inspiradores: The Minimalists (https://www.theminimalists.com), Becoming Minimalist (https://www.becomingminimalist.com), Hip Diggs (http://www.hipdiggs.com) e Ana, Go Slowly, da portuguesa Ana Millazes Martins (http://anagoslowly.blogspot.pt). Também podem consultar as páginas do Facebook, para inspiração diária. 

Todos estes blogs e sites abordam o minimalismo de maneira diferente, mas de todos podemos reter as seguintes lições "básicas": não existem fórmulas matemáticas para se ser minimalista; todos nós temos necessidades diferentes, por isso possuímos/ precisamos de objectos diferentes; o minimalismo transforma a vida de quem o pratica, tornando-a mais simples, harmoniosa, calma e com significado; ficamos com mais tempo para o que realmente é importante: as pessoas com quem convivemos, os objectivos que queremos alcançar e as experiências que levaremos para a vida (e não as coisas). 

Para mim, tudo o que li, e que continuo a ler, faz todo o sentido. Refleti e cheguei à conclusão de que tinha que fazer uma mudança na maneira como consumia, e como me relacionava com os objectos que possuía: preciso mesmo de dez pares de calças de ganga? E de quinze pares de sapatos? 

Desde então (Janeiro 2017), tenho tentado mudar os meus hábitos de consumo e fiz muitas alterações e limpezas aqui em casa. Não me considero minimalista, longe disso. Não sou ainda capaz de "deixar ir" muitos dos meus pertences e ainda tenho alguns desejos de consumo. 

Assim como tudo na vida, o estilo de vida minimalista não é algo que se pratique durante algum tempo do ano e depois se abandone. Para se alcançar resultados duradouros e positivos, e ter uma vida em que os objectos nos servem e não ao contrário, é preciso paciência, prática, estudo e partilha.

É devido a esta última palavra, partilha, que decidi começar a escrever este blog. Espero poder inspirar outras pessoas a seguir esta caminhada que agora inicio, e mostrar a tantos outros o porquê de seguir por esta estrada. 
Fiquem comigo. Em breve conto-vos uma maneira simples e prática de começar. 


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