Como eliminar da sua vida 150 objectos num mês (ou mais)
Nesta época natalícia tão consumista e agitada, partilho convosco um pouco mais da minha caminhada no estilo de vida minimalista.
O percurso pelo minimalismo é tudo menos fácil. São vários os entraves para que não façamos mudanças profundas na nossa vida.
O percurso pelo minimalismo é tudo menos fácil. São vários os entraves para que não façamos mudanças profundas na nossa vida.
Algumas "desculpas" que posso usar por agora: estou a morar numa casa que não me pertence e por isso tenho que respeitar certos limites. Não posso simplesmente me desfazer de coisas que não são minhas; Tive que comprar algumas coisas que não tinha antes, e que eram essenciais para o quotidiano.
Desculpas à parte, há sempre espaço, se houver vontade, de excluirmos da nossa vida items que não nos servem mais.
No início do mês de Novembro, chegou um novo desafio "sugerido" na página do facebook dos "The Minimalists" (consultar aqui). O desafio consistia no seguinte: em todos os dias do mês, deitar no lixo (reciclar de preferência), doar ou vender objectos. O número de objectos é que torna este desafio especial e realmente desafiante: no dia um, temos que excluir (o objecto tem que estar fora de casa até à meia noite desse dia) da nossa vida um objecto. No dia dois, dois objectos, no dia três, três objectos e assim por diante. Chegamos ao dia 31 e temos que eliminar 31 objectos. Ou seja, ao final de um mês com 31 dias, excluímos 496 objectos!
Posso desde já referir que não consegui superar o desafio. Mas sinto-me muito orgulhosa de ter chegado ao final do mês com menos 150 objetos. Ao início pensei que fosse pouco. Mas 150 objectos é muita coisa (muito lixo, muitas coisas que vão servir a outras pessoas, mas não a mim). Afinal, foi uma bela proeza.
Para além de ter feito esta limpeza (não gosto da palavra destralhar = tirar a tralha, porque aquilo que não me serve, pode servir a alguém e assim não posso considerar de tralha), incentivei alguns membros da família a fazerem o mesmo, o que me deixa muito entusiasmada. De referir também, que muitas das coisas que ainda estavam em boas condições foram doadas a pessoas que precisam mais delas do que eu, e isso é muito gratificante.
Podia enumerar imensas razões para não ter cumprido o desafio a que me propus, como a falta de tempo, estar a estabelecer uma nova rotina devido ao meu trabalho, etc. Mas, neste momento, estou apenas focada em continuar. Não importa o tempo que hei-de demorar ou como irei fazê-lo. O que importa é começar e não parar.
Sendo assim, coloque as desculpas de lado e comece. Comece devagar. Comece com um objecto. E depois mais um e outro.
- Não comece por items de valor sentimental (fotos, cartas, postais de amigos, etc);
- O ideal é iniciar o desafio pelas roupas, sapatos e acessórios;
- Coloque de parte os objectos que tenha dúvidas por algum tempo (numa caixa, num quarto em que não usa, etc). Passado algum tempo, se não tiver usado esses objectos, elimine-os da sua vida;
- Elimine objectos que lembram momentos menos bons da sua vida (que não lhe trazem alegria);
- Elimine objectos que estejam em mau estado;
- Nunca elimine nada que não seja seu (cada um tem o tempo certo para se desfazer das suas coisas);
- Veja cada objecto eliminado como uma vitória - isso só o motivará a fazer o mesmo numa próxima oportunidade.
Agora que o novo ano se aproxima, aproveite para colocar em prática este desafio. Comece devagar. Não tenha problemas em não atingir o número ideal. O importante é começar. Devagar, para bem chegar.
Nota: Alguns amigos e familiares perguntaram-me quais as coisas que exclui da minha vida. Aqui vai uma lista, muito reduzida: roupa, acessórios de moda (malas, jóias, cachecóis, etc.), sapatos, caixas e mais caixas de papelão, utensílios de cozinha, items de decoração e tecnologia, decorações de Natal, cosméticos antigos, etc., etc.
Ainda não cheguei aos livros, nem aos objectos mais pessoais e “sentimentais”. Esse é o próximo passo.
Nota: Alguns amigos e familiares perguntaram-me quais as coisas que exclui da minha vida. Aqui vai uma lista, muito reduzida: roupa, acessórios de moda (malas, jóias, cachecóis, etc.), sapatos, caixas e mais caixas de papelão, utensílios de cozinha, items de decoração e tecnologia, decorações de Natal, cosméticos antigos, etc., etc.
Ainda não cheguei aos livros, nem aos objectos mais pessoais e “sentimentais”. Esse é o próximo passo.

Comentários
Enviar um comentário